Existem hoje, sobre
nossas cabeças, mais de 8.000 satélites artificiais na órbita terrestre.
Desses, cerca de 60% estão desativados. Além dos
satélites do Sistema de Posicionamento Global, satélites de
comunicações, satélites científicos, satélites militares, também existe uma
grande quantidade de lixo espacial.
Estão
catalogados, aproximadamente, cerca de 23 mil objetos grandes o
bastante para serem rastreados por radar, inadvertidamente postos em órbita ou
que se tornaram obsoletos. O número real varia, dependendo da agência que faz a
contagem. Cargas que entram na órbita errada, satélites com baterias exauridas
e restos de estágios propulsores de foguetes, todos contribuem para esse
número, o que faz de nosso espaço, ainda a ser colonizado, um reflexo daquilo
que sofremos aqui mesmo, na terra.
Embora qualquer
coisa que esteja em órbita em volta da Terra seja tecnicamente um satélite,
esse termo é tipicamente usado para descrever um objeto útil colocado em órbita
com o propósito de executar uma missão ou tarefa específica.
O primeiro satélite a ser enviado para o espaço foi o soviético Sputnik , em 4 de outubro, de 1957, porém, após 92 dias, queimou na atmosfera terrestre.
O primeiro satélite a ser enviado para o espaço foi o soviético Sputnik , em 4 de outubro, de 1957, porém, após 92 dias, queimou na atmosfera terrestre.
Desde então, muitos
acidentes acontecem no espaço sem que sequer saibamos e , embora digam que é
pequena a ameaça que esses objetos representam para nós na superfície da Terra,
existem relatos que contradizem tal afirmação.
A média de objetos
do lixo espacial que reentram na atmosfera terrestre é 35 por mês e é fato que
todos os objetos colocados em órbita um dia voltarão à Terra, embora isso possa
levar centenas, milhares ou mesmo milhões de anos.
Um dos maiores
objetos que já reentrou na atmosfera foi o estágio do foguete Saturno que em
1973 lançou o Skylab. O aparato pesava 38 toneladas e caiu no oceano Atlântico,
em janeiro de 1975, passando cobre Los Angeles pouco antes de cair no
Atlântico, perto dos Açores.
Cientistas insistem
em afirmar que, felizmente (ou infelizmente), o lixo espacial ameaça mais os
astronautas em suas naves no espaço do que as pessoas cá embaixo na Terra. A
atmosfera acaba por consumir a maior parte dos fragmentos que poderiam cair,
fazendo com que entrem em combustão antes de chegar ao solo.
Relatos como o de
2008, contradizem tal afirmação. Um estranho objeto, com um metro de diâmetro,
caiu a cerca de 150 metros da sede de uma fazenda em Montividiu, interior de
Goiás. Não houveram danos, mas, se por sorte ou estatística, não sabemos quando
os números vão estar a nosso favor.
Houve outros relatos
sobre a queda de lixo espacial em território brasileiro. Em 1995, fragmentos de
um satélite chinês de comunicação caíram no interior de São Paulo, no município
de Itapira, assim como em 1966, um tanque de combustível de um foguete Saturno,
com um metro de diâmetro caiu na costa do Pará, sendo achado por pescadores.
O mais assustador
foi o ocorrido em 11 de março de 1978, quando partes de um foguete soviético
reentraram na atmosfera acima da cidade do Rio de Janeiro e caíram no Oceano
Atlântico. Dizem os expectadores que foi um belo espetáculo. Inúmeros
fragmentos, entrando em ignição devido ao atrito com a atmosfera, brilharam
intensamente, enquanto “cortavam o céu”. Mas se a reentrada tivesse acontecido
alguns minutos depois teríamos uma tragédia, pois a queda seria na área urbana
do Rio e não no oceano.
Fatos como esse nos
leva a refletir sobre os cuidados do homem em relação a uma região ainda em
exploração, onde talvez tenhamos alguma esperança de viver quando não restar
mais recurso algum na terra, também devastada pelo descuido e
irresponsabilidade do ser humano.
Se não conseguimos
que algo seja feito em relação a preservação ambiental após tantas histórias
tristes que vem ocorrendo com nosso planeta, conseguiremos sensibilizar as
autoridades sobre um lugar distante, onde para muitos, não passa de uma ilusão
espacial?
Que satélites são
essenciais para a nossa sobrevivência no mundo moderno, não há dúvidas, mas
assim como nós devemos recolher o resto daquilo que consumimos, o lixo espacial
deve ser coletado de maneira a nos preservar de uma provável chuva de
ignorância.
Boa tarde Eliane.
ResponderExcluirConcordo plenamente, se eles tiveram capacidade de criar satélites e ir tão longe como pousar na lua, são capazes e devem o quanto antes desenvolver e criar uma solução para este tipo de problema, antes que aconteça o pior.
Belo post.
Abçs.
http://devoradordeletras.blogspot.com/