domingo, 15 de agosto de 2010

O lugar Perfeito




Existem coisas na vida que não tem preço (plagiando os gênios da publicidade). 

Lá na minha antiga fazenda (que para mim vai ser sempre a "minha fazenda") existia um lugar mágico. Lugares mágicos são aqueles onde você se sente em outro planeta. Esse meu refúgio ficava em cima de um morro, perto de uma capela, às 17:30. 
Tinha que ser nesse horário e em dia de sol.

O lugar era indescritível. 

O sol batia no capim, que balançava com o vento. Seu balanço era lindo e sincronizado. O capim ficava dourado pelo reflexo dos raios do sol e este se mistura com o horizonte verde e infinito. Aquilo era reconfortante e milagroso. Fui lá muitas vezes, muitas mesmo. Era meu lugar secreto, na minha hora secreta, onde eu atingia um estado de espírito mais que secreto. Quando caminhava vagarosamente até lá, levava minhas músicas preferidas e ficava horas sentada no chão. Fechava os olhos pra sentir o barulho e a sensação do vento batendo no meu rosto, os passarinhos cantavam baixinho como se não quisessem atrapalhar, escutava os sons da mata, da vida que era abundante naquele lugar, o som do nada... e então abria os olhos e podia ver como o mundo era perfeito.

A vontade de compartilhar daquele lugar com outras pessoas era um sonho que pouquíssimas vezes consegui realizar e agora que não existe mais, ficou aquele gosto amargo de saudade. 
ainda consigo fechar os olhos e enxergar aquele paraíso novamente. Sou capaz até de sentir a mesma sensação de frescor e liberdade.

O tempo anda para frente, sempre... e por mais que coisas preciosas como essa tenham ficado para trás, ainda existe um lugar dentro de mim, igual aquele. Nele eu ainda sento e vejo, acima de todos os detalhes pequenos, a imesidão linda... bem distante... até onde meus olhos podem alcançar. 

Isso me lembra um texto sobre o rio que diz assim:

"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo
caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. 
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguem pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece . Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se ele. 
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. 
Assim somo nós, voltar é impossível na existência. Você pode ir em frente e se arriscar. Coragem, torne-se oceano."

Tenho certeza que no imenso oceano dentro do meu peito, ainda carrego as folhas do meu lugar secreto.


sábado, 31 de julho de 2010

Infinito



“Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. E quanto ao universo eu ainda tenho minhas dúvidas.”



 Albert Einstein


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Como falar com um viúvo


Uma obra fantástica em que o autor Jonatham Tropper descreve a dor e a revolta de perder a mulher amada. O viúvo no caso, era casado com uma mulher mais velha e acabou sendo o único vínculo entre o enteado, um adolescente rebelde, e a vida. Era como se cobrassem o que ele não tinha para dar e, na tentativa de se reerguer, acontecimentos engraçados e emocionantes acontecem.
Difícil achar que não é autobiográfico devido a riqueza dos detalhes travados pelo personagem na tentativa de sair do buraco negro da depressão. É envolvente, realista e triste, porém sensacional!
Não posso falar mais do livro, senão perde a graça, mas recomendo, desde que não se esteja passando por uma fase muito melancólica. Ah...não esqueça de separar o lenço. Você vai dar boas risadas, mas com certeza, vai sentir o coração apertar.



SINOPSE
Desde que sua esposa, Hailey, morreu há um ano, Doug Parker só pensa em se afogar em autopiedade e Jack Daniel's. Não tirou nada do lugar em que ela deixou: o sutiã continua pendurado na maçaneta da porta, o livro, sobre a mesinha de cabeceira. Nada mais tem graça e até os coelhos que insistem em aparecer no gramado de sua casa no subúrbio de classe média alta de New Radford o tiram do sério.
Mas Doug tem outras coisas com que se preocupar. Seu pai sofreu um AVC e não se lembra de quase nada. Sua mãe, uma ex-atriz de teatro, continua agindo como se ainda vivesse seus dias de fama. Sua irmã caçula e certinha, Debbie, conheceu o noivo durante o velório de Hailey, e Doug não consegue perdoá-la por isso. Seu enteado de 16 anos, que já foi um rapaz tranquilo, agora vive arrumando encrencas cada vez mais sérias.
E tudo se torna ainda mais confuso para Doug quando Claire, sua divertida e mandona irmã gêmea, grávida e prestes a se divorciar do marido, se muda para sua casa, disposta a arrancá-lo do estupor do luto e trazê-lo de volta à vida - e isso inclui começar a sair com outras mulheres.
Doug é jovem, charmoso e triste, ou seja, tem a química perfeita para protagonizar os mais inusitados encontros românticos. Em pouco tempo sua vida vira do avesso e lhe escapa totalmente ao controle, gerando uma hilária série de equívocos sexuais e episódios familiares tragicômicos.


Engraçado, melancólico, sensual e inteligente, Como falar com um viúvo é um romance sobre encontrar seu próprio caminho, mesmo quando não se tem ideia do lugar aonde se quer chegar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Simples assim?


Se o seu corpo é completamente independente de outro para viver, porque o contato físico com a pessoa que amamos é tão imprescindível na vida de todos nós?

Quem nunca sentiu aquela dor no peito, falta de ar, boca seca com a ausência do ser amado? Aquele tremor quase incontrolável, aquele batimento que ensurdece qualquer respiração ofegante...Isso é paixão!

 
Andar nas nuvens, sonhar acordado, sorrir para as paredes... Ah, que sensação maravilhosa é o amor, cheio de mistérios, todos eles conhecidos e estudados por tantos anos sem respostas claras.

 
Se a paixão é uma reação exclusivamente psicológica, porque sentimos fisicamente sua presença? Existe algum tipo de reação química nesse tumultuado sentimento?

 
Esta semana, olhando a grade de programação da Sky, me deparei com o documentário: "A Química do Amor" , exibido no National Geographic Channel. A resposta para todas as minhas perguntas foi a de que EXISTE SIM uma reação química na paixão. Uma troca de substâncias à distância entre as pessoas que se apaixonam. 

Alguns pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros da pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados Feromônios.
Os defensores da Teoria dos Feromônios vão ainda mais longe: dizem que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias, pois produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais prolongada, nos dizemos "apaixonados". A ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Feromônios.

 
Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela descobriu que o sentimento possui um "tempo de vida" e que os homens, por incrível que pareça, se apaixonam mais facilmente do que as mulheres.

 
Achei o programa de uma clareza fantástica e, apesar de sentir um certo alívio nas minhas perguntas, nada me tira da cabeça que o amor é muito mais do que isso.

 
Não existe química em palavras bonitas, num gesto cavalheiro ou numa caixa de bombons. Não existe nada químico na troca de olhares, em se encontrar no fundo da alma do outro, na música que soa dentro da cabeça, na anestesia dos pés que andam por sobre as nuvens e nem na beleza do mistério que envolve dois corpos apaixonados.

 
Apesar de acreditar em toda a ciência, não posso aceitar que tomando uma pílula de Feromônio eu seja capaz de esquecer as dores do meu coração.

Ah...Seria muito triste se o amor fosse tão simples assim.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

PERT só para quem não tem coragem



Fazer um histórico da vida é interessante. Nós que temos um blog, um diário ou qualquer coisa aonde se possa visualizar os acontecimentos de maneira mais clara, percebemos que existem fases boas e fases não tão boas na vida. Hora estamos em harmonia com o universo, em outro momento em completa rebeldia com o mundo.


Eu tenho orgulho de perceber que vivi de maneira intensa todos esses momentos. Sempre coloquei a cara na frente para que a vida me mostrasse as respostas, fossem elas boas ou ruins. Talvez a idade nos ensine a encarar os acontecimentos de maneira responsável e corajosa. É o famoso "pagar para ver". O sofrimento acontece para todo mundo, mesmo para aquelas pessoas que insistem em ficar na sombra, se defendendo de tudo antes mesmo das coisas acontecerem.


Cada um enfrenta seus medos da maneira que acredita. Respeitar isso também é uma ato de coragem e devemos sempre aceitar opiniões diferentes das nossas, atitudes contrárias e covardes, sentimentos rasos e sem gosto de vida! Cada um escolhe o seu caminho. Afinal de contas, cada caminho é apenas uma programação de atividades PERT/CPM ( Program Evaluation Review Technique/ Criticl Path Method)


PERT/CPM é um método utilizado em vários setores , principalmente em engenharia, onde pode-se visualizar com mais simplicidade a interdependência das atividades programadas. Exemplificando no mundo real: Você acorda e tem duas opções: Dormir de novo ou tomar banho. Se optar por dormir você pode sonhar ou perder a hora. Se optar por tomar banho, você pode tirar a roupa ou se afogar no chuveiro ( claro...dependendo do seu humor matinal ), se optar por tirar a roupa você pode morrer de frio ou entrar no chuveiro, se optar por se afogar no chuveiro você pode morrer afogado ou pegar um resfriado e assim por diante.
Sendo assim, olhando de uma maneira fria e calculista, como todo empresário do mundo lógico e matemático, a vida é uma grande seqüência de duas opções pré-programadas.
Parece esquisito? Tem muita gente que vive assim. Só dá o próximo passo se puder ter uma visão previsível dele. Não arrisca, não coloca o rosto no vento, não abre o coração. Posso ser radical nesse ponto, mas para mim isso só tem um nome: Covardia. Mesmo que pareça uma atitude nobre e segura, é covardia ter medo de sofrer.



Como disse Carlos Drummond: " Definitivo como tudo que é simples, a dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram... cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade..."




As vezes me sinto cansada por ser tão transparente e sentimental, mas viver intensamente cada momento me traz uma sensação maravilhosa de que sem riscos, sorrisos e lágrimas a vida não vale a pena ser vivida. E hoje, olhando para trás, percebo que os caminhos que escolhi, embora não tenham sido meticulosamente planejados, me levaram para um final feliz.


 

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Um mundo Perfeito


Fiquei impressionada com a qualidade do livro.




Apesar de ser um livro de ficção e fantasia, a mensagem é de arrepiar e cabe muito bem na nossa realidade cotidiana.

A história se passa em uma ilha, perto de Vitória, onde acontecimentos estranhos começam a acontecer, porque, num ímpeto de egoísmo, as pessoas desejaram que seus sonhos se realizassem. Mas...Quem não desejaria?
Com o tempo, percebe-se que tudo aquilo que é feito somente em benefício próprio, pode transformar o sonho em pesadelo.O livro nos faz refletir muito e o pior, nos fazer perceber o quanto somos limitados e vulneráveis.

 

Não sou leitora de livros do gênero, mas recomendo sem pestanejar.

Esse livro, vale a pena.


SINOPSE

Cuidado com o que você deseja, que um dia você pode conseguir... O que teria acontecido com todos os moradores que desapareceram misteriosamente em Pedra-Luz? Que força implacável abateu-se sobre a ilha, deixando-a absolutamente deserta? Suas coisas foram deixadas para trás. Ninguém fez as malas. Ninguém planejou nada. para onde teriam ido sem deixar vestígios? Uma lenda ancestral envolta num mistério guardado há gerações. Uma terrível criatura foi vista rondando os céus... Seus destinos foram traçados. Sua salvação dependia de uma força incompreensível aos seus ideais e sonhos tão distantes... Não deixe de ler esse suspense arrebatador de Leonardo Brum. Empolgante da primeira à última página.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que mais te irrita?


Em recente pesquisa feita na Inglaterra, os entrevistados, na sua grande maioria, dizem que o que os deixa mais feliz é o beijo da pessoa amada... Lindo!



E o que mais irrita?



Em outra enquete publicada pelo jornal Londrino Metro, eles afirmam que o que mais irrita as pessoas nos centros urbanos é, acreditem se quiser... "Quem joga lixo nas ruas".

 

Tudo bem... Eu acho realmente inacreditável que ainda existam pessoas que atiram lixo pelas janelas, como se o planeta absorvesse tudo que cai em sua superfície, mas daí a ser ESTE o principal motivo da irritação, acho lindo! Mesmo! E isso só prova o quanto nosso país ainda tem a evoluir, mas falando sério, nem de longe essa seria a minha primeira opção!

Baseada única e exclusivamente na minha opinião, resolvi fazer uma breve lista das coisas que mais me irritam:

 

1º - FILAS. Eu simplesmente não suporto fila, seja ela qual for. Para tudo tem fila hoje em dia: No banco (a pior delas), no supermercado, no posto de gasolina, na lotérica, no shopping (nas épocas de natal então, até na escada rolante)...No cinema, nas boates. É uma constante na vida as pessoa sdesenvolverem a paciência de entrar numa fila e ver suas horas correrem pelo relógio!

Para mim o primeiro sintoma de uma fila longa é a dor no joelho ( no esquerdo primeiro. Não me pergunte o porquê e nem o motivo de não ter procurado um ortopedista ). Depois de trinta minutos já sinto dores nos dois joelhos, e na coluna... Depois de uma hora, além de todas as dores, o único assunto que rola é o da incompetência dos caixas, do preço das taxas, do descaso com os clientes... Coisas básicas e cotidianas se você é correntista de bancos populares.

Concluindo meu primeiro parágrafo: Fila é uma droga! A única coisa que ameniza a dor de ficar horas em pé é o "início de namoro”... Aí sim..Ficar ali agarradinho, conversando bobeiras e jogando confetes! Mas isso logo desaparece no segundo mês, quando as filas voltam a incomodar com força total!

 

2º - TRÁFEGO. Eu poderia aceitar o item nº2 como uma derivação do nº1, porque tráfego nada mais é que uma fila de carros. Eque fila! Abarrotada de gente estressada, mal educada. Não suporto aqueles ônibus que jogam aqueles caixotes gigantes em cima de você, e se você for esperto o bastante, acaba cedendo, senão pode ganhar um prejuízo no bolso, isso se não vier acompanhado de um grande prejuízo na saúde!...Já percebeu que sempre que você troca de fila, a do lado vai mais rápido! Murphy já havia dito isso e tenho que concordar com ele!



Resumindo: Tráfego realmente é uma droga!


3º ACORDAR CEDO. Que venham os tomates, mas essa é a verdade! Eu não suporto acordar cedo. Eu sofro imensamente quando toca o famoso despertador. Sou daquelas que acorda, desliga e coloca para despertar novamente em cinco minutos... Quando toca, repito toda a operação novamente, até quando não há mais saída pra minha tortura! Já pensei em me poupar deste martírio, colocando o despertador para tocar somente quando não houvesse mais nenhuma tolerância, mas não funcionou! Acabei acordando cinco minutos depois! (acho que é psicológico).



Já experimentei vários artifícios, como por exemplo, colocar o despertador a uma distância que fosse preciso eu levantar para desligar, me despertando de uma vez por todas, mas no fim das contas, lá estava eu com a programação para daqui cinco minutos... E ele do meu lado!



Mas quem foi que inventou isso de acordar cedo? Certa vez fui ao médico para saber dessa minha deficiência de forças matutinas e ele me disse, após alguns testes, que sou uma pessoa vespertina. Como assim doutor? Ele explicou que eu "funciono melhor" no período da tarde... Gênio! Eu não precisava responder todas aquelas perguntas para chegar a essa conclusão... Tudo bem... Onde eu faço a reclamação Doutor? Tem 0800 para isso?

 

Acho que essas são as três coisas que mais me irritam no dia a dia. Não vou levar em conta algumas outras atitudes, porque ninguém gosta de ser ignorado, mal tratado, explorado... Tenho certeza que muitas coisas mais conspiram contra mim quando o assunto é me deixar em um estado de humor alterado, mas nada disso me faz esquecer das muitas alegrias que a vida tem a oferecer.

 

Eu concordo quando os Ingleses dizem que um dos maiores motivos da felicidade é o beijo da pessoa amada, seja ela seu grande amor, seu grande amigo, sua família ou até seu cachorro... Seja lá qual for a "pessoa" em questão, quando se tem amor, tudo na vida vale a pena!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que nos falta aprender


Aprendemos tantas coisas na vida.

Quando pequenos, entramos para o jardim de infância e aprendemos a colocar o quadrado no quadrado, a chave na portinha, o azul no azul. Simples assim.

Sem muito esforço passamos para o primário e aprendemos que um mais um é igual a dois. Entendemos o significado de conjunto, cidade, família, Brasil. Começam as dificuldades: Planetas, astros, fórmulas...Coisas que levaram anos e bilhões de dólares para serem descobertos nos são passados em minutos dentro de uma sala, num quadro em verde e branco, sem muita graça.
A competição, até então adormecida, reaparece nos jogos, na conquista!

Com o término do primeiro grau, vem a responsabilidade do vestibular, e com ele, as dúvidas do futuro: Trigonometria, física espacial, química orgânica. Todas as matérias começam a ter sobrenomes complicados, a história começa a se encher de detalhes e antes o que era só  Brasil, começa a possuir estados, cidades, rios e montes. Nada mais na vida é tão simples!
Com a faculdade vem as primeiras cobranças: a cobrança do primeiro emprego, do compromisso com a vida, com o estado, com o voto, com a namorada, com os futuros filhos.

Ao longo da vida aprendemos tantas coisas.

Então porque não aprendemos a ser felizes? Porque não aprendemos a olhar para o que construímos...Para a simplicidade da vida?
Nossa primeira matéria deveria ser :"COMO SER FELIZ EM 10 LIÇÕES"

 

"Lição nº 1: Esqueça as coisas ruins...escreva 100 vezes a frase e repita em voz alta...vamos lá alunos..."

 

Que coisa boba...Esquecer as coisas ruins. Mas pare para pensar: se tivéssemos praticado isso na escola desde os 08 anos, hoje seríamos mestres em atropelarmos mágoas e ressentimentos...medos e inseguranças.
Esquecer de tudo que é ruim é só a primeira lição de muitas que nem sonhamos existir.

 

Enquanto isso não acontece, vamos sendo auto-didatas na busca de um pouco de paz, na esperança de que um dia o que existe dentro de nós seja tão importante quanto aquilo que possuímos dentro do nosso bolso.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Muppet Show



Quem não se lembra do Caco ou da Piggy?...


Isso sim era uma boa programação para a criançada, que ficava em frente à TV, rindo de coisas engraçadas e sem malícia.

Nesta época não era necessário uma mulher de saia curta, corpo magro, roupas da moda e cabelos loiros para que a audiência crescesse ...Aliás, nessa época a audiência era uma disputa saudável feita entre as emissoras, e nós consumidores de "canais" nem sequer sabíamos dos chamados "índices de audiência"!
Nossos pais não se preocupavam com o conteúdo dos programas da TV, pois em horários matutinos e vespertinos, com certeza não se exibia nada que não pudesse ser assistido por nós crianças!

Não existia violência nos desenhos! O máximo que acontecia quando a Pantera Cor de Rosa caía, era um bando de estrelinhas rodando na cabeça...Não se via sangue, cabeças rolando e espadas indestrutíveis!

A paixão arrebatadora da Piggy pelo Caco, era da forma mais inocente que se podia ver...Sem beijos prolongados, sem cenas de nudez e sem gemidos sugestivos...

As lutas entre o bem e o mal eram feitas com bonecos de plástico, sem efeitos especiais, sem pernas e braços lançados ao vento e quando o vilão morria, o que nós víamos era uma fumaça. Esse era o fim! Sem mortes ensanguentadas e massacres!

As corridas de carro se passavam numa corrida maluca, e no fim, o trapaceiro sempre se dava mal, com uma risadinha irônica de um cachorro, mostrando que mesmo com tantos problemas, a vida tinha sua graça e era importante sorrir diante de certas circunstâncias!

Hoje entendo porque o "Muppet Show" esta fora de moda...Seria impossível manter o Caco e a Piggy sem conflitos conjugais, o Rawlf não saberia como cantar RAP no piano e o Gonzo entraria em depressão em consequencia de seus amores platônicos!

Pensando bem, acho que a idade me deixou mais “careta”. Eu também estou fora de moda!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Qual é o seu objetivo?




Essa constante busca pelo que ainda não conseguimos, às vezes, pode tornar-se um tanto cansativa. Principalmente quando somos obrigados a mudar de direção no meio do nosso árduo caminho.



Todos os livros de auto-ajuda quando citam os caminhos do sucesso, tem como primeiro passo a exposição de um objetivo. Se não houver um objetivo claro a ser alcançado, nada funcionará! Você pensar em ser feliz, ser rico e ter saúde não quer dizer nada... Esses não são objetivos claros! Seria como você entrar num táxi e ele perguntar: "para onde?" e você responder: "para frente!"...



Então me deparo com os fatos! Até que ponto manter a marcha no mesmo sentido é importante? Tentando ser mais clara a pergunta é: Até que ponto devemos insistir no mesmo objetivo? Onde estão os sinais que nos dizem quando parar e começar de novo... E de novo...?



Persistência é a palavra?

 

Todos nós que tivemos experiências emocionais e profissionais sabe que manter-se focado no mesmo objetivo é muito difícil, devido aos constantes deslizes que sofremos no percurso. Eu mesma, várias vezes escutei críticas a respeito de minhas falhas devido à falta de persistência.



Isso me fez refletir sobre a lenda do urso, escrita por César Romão...



"Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.A época era de escassez. Porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.

 

Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, dirigiu-se para uma grande fogueira, ainda ardendo em brasas e dela tirou uma enorme tina de comida.

 

Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando a comida.

 

Enquanto abraçava a tina, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade,era o calor da tina que o estava queimando. Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a tina encostava.



O urso nunca havia experimentado aquela sensação; interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.

 

Então, começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a tina quente contra seu imenso corpo.



Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.

 

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso,praticamente sentado, recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. Ele tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na tina e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.



Quando terminei de ouvir esta história do mestre Jomano, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.

 

Algumas delas nos fazem gemer de dor; nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes.



Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

 

Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir.

 

Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.

 

Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.

 

Solte a tina, solte a tina...

 

Quando soltá-la, perceberá que você pode libertar-se e que, com certeza, tudo vai dar certo.”



Infelizmente ainda não alcancei a sabedoria necessária para enxergar nas entrelinhas que futuro devo seguir. Guiada pela emoção, tenho em mente hoje seguir aquilo que me dá mais prazer e talvez eu ache que é necessário ter o coração ardendo! Sei que vou ter que recuperar o tempo quando perceber que sonhar demais não é permitido quando o assunto é a batalha diária da sobrevivência, mas até lá, embora meu cérebro não entenda a magnitude da palavra "felicidade", este será meu grande e único objetivo...



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