domingo, 24 de julho de 2011

Aniversário



Aniversário é sempre uma data especial, talvez porque seja sempre uma vitória vencermos em um mundo cheio de ataques viróticos, bacterianos, assaltos, atropelamentos... Gracinhas à parte, um ano de vida a mais com saúde, deve sempre ser comemorado. 

Convenhamos, não tem nada melhor que receber recadinhos e telefonemas de pessoas queridas, carinhosas e fofas! Eu  a.d.o.r.o !

Contrariando minha percepção de que com o passar dos anos, datas como natal, ano novo e aniversário tornam-se um tanto repetitivas, tive uma comemoração especial esse ano. Foi maravilhoso e, com certeza, o carinho de todos vocês contribuiu para que isso acontecesse. Como foram lindos os votos, as palavras carinhosas e o amor que fluiu através da tela do meu computador. Recebi "mensagenzinhas" tão lindas, tão lindas! 

Ah se eu pudesse fazer aniversário pelo menos duas vezes por ano, claro, sem que isso contribuísse para que mais rugas aparecessem no meu rosto, seria o paraíso! 

Peço a Deus que todos vocês tenham muitos anos de vida, e que eu consiga retribuir todo esse carinho.


Vamos ao sorteio:

Resolvi de última hora fazer um sorteio relâmpago de um exemplar do meu livro "O Portal" no twitter, mas como aniversário só acontece uma vez ao ano e no próximo estarei com "O Portal 2" no mercado... Porque não sortear logo 2 exemplares? 

A promoção foi relâmpago e pouco divulgada, por esse motivo não tivemos muitas participações, o que aumentou ainda mais a chance de todos!

Sendo assim, aqui vão os vencedores:









Aqui vai um lindo texto que fala sobre aniversário. Diz assim: 

"Não importa quantos anos você completa em seu aniversário. 
Você sempre será jovem enquanto o amor florir em sua vida, 
Enquanto irradiar paz, esperança, otimismo a todos os que vivem ao seu redor. A continuidade da vida nunca se rompe: O rio corre e avança sempre até perder-se de nossa vista; 
Mas, lá bem longe ele leva consigo as mesmas águas que recolheu em outras terras. 
São estas mesmas águas, o dia-a-dia que vivemos, As que dão testemunho ao céu, aos vales e as montanhas a Deus, aos homens deste mundo, que o rio correu muito, mas não envelheceu! 
Não importa, portanto, quantos anos você viveu até agora... O importante é saber se ainda existe flor em sua vida: Fé, Esperança, Amor, Alegria, Otimismo... 
O importante é saber se você está contribuindo para tornar o mundo mais feliz ao seu redor. 
Prossiga sempre sorrindo, como estas águas marulhantes. O rio nunca pára, nem olha para trás e, sobretudo, nunca se esqueça: 
Um rio nunca envelhece."

Obrigada mesmo, à todos vocês, pelas águas que carrego comigo... Tenho muito orgulho por ser merecedora de amizades tão lindas. 


Beijos :*)




segunda-feira, 18 de julho de 2011

Meu amigo Bob



Daniel correu para o quintal assim que o dia amanheceu. Não conseguia conter a saudade do amigo que se encontrava deitado debaixo da sombra de uma mangueira frondosa.
Assim que o viu, Bob levantou eufórico, balançando todo o seu corpo peludo, eletrizado pela adrenalina que agora inundava seu coração carente.
 Desde que ganhara seu cãozinho de natal, Daniel sentia que entre eles havia uma cumplicidade, antes conhecida nos livros, mas só agora compreendida.
  Bom dia, Bob. Dormiu bem?
Seu cachorro não falava, mas isso era apenas uma formalidade. Entendiam-se muito bem e, às vezes, ficavam horas conversando. Daniel ficava satisfeito diante das respostas implícitas no olhar alegre e carinhoso do amigo.

Sua família só ficara completa com a chegada de Bob que tornou-se um membro querido por todos. A mãe de Daniel, que fora quem mais rejeitara a ideia de ter um cachorro para acrescentar-lhe trabalho extra, era apaixonada pelo animal e os gritos constantes dela diante das trapalhadas do cão, eram motivos de muitas gargalhadas na família.
— Bob, larga a vassoura! Daniel...Pega o Bob!
E lá vinha a mãe correndo atrás dele pela casa. O pai de Daniel se fingia de morto e ficava inerte diante da bagunça. Adorava o clima festivo que o cãozinho trazia ao lar. Mas Daniel...Esse parecia não ter existido até sua chegada e bastava dar uma olhada nas fotos da casa para perceber que ali existia uma família feliz.

Numa manhã qualquer, ao chegar da aula, Daniel jogou a mochila no chão e correu ao encontro do amigo, porém o quintal naquele dia parecia estático. Não se via movimento algum, muito menos o mover alegre do cão que tanto amava. Podia-se escutar de longe os gritos do menino, apavorado pela ausência daquele que completara de maneira tão intensa a sua existência.
Ninguém conseguia consolá-lo, e apesar do pai de Daniel vasculhar todos os cantos do bairro, Bob não foi encontrado. Fotos dele foram colados nos postes da cidade e a notícia espalhada por todos os lados, mas ele nunca mais foi encontrado.
Foi difícil para a família se reerguer diante da tristeza do menino. Seu sorriso se perdeu no tempo e ficou escondido diante da sombra do cachorro desaparecido. Recolheram as fotos da casa, na tentativa de fazer Daniel esquecer mais rápido da tragédia, mas debaixo do seu travesseiro, os dois continuavam unidos como antes, numa fotografia colorida e borrada pelas lágrimas derramadas.

Depois de alguns longos meses, enquanto o pai de Daniel o levava para aula de inglês, o menino gritou para que encostasse o carro.
— Pai...acho que encontrei o Bob!
Lá estava seu cachorro, enrolado nas pernas de um menino de rua, que dormia confortável, aconchegado pelo calor dos pelos do animal que o encobria como um manto. O barulho do abrir da porta do carro fez com que Bob abrisse os olhos, e em um frenesi agudo, o cachorro correu de encontro ao seu verdadeiro dono, que de joelhos abraçava a outra metade do seu coração perdido. Não se sabe quanto tempo permaneceram ali, abraçados um ao outro, até que Daniel enxergou o menino parado, com lágrimas nos olhos, observando o seu presente ir embora.
Daniel, embaraçado, aproximou-se do menino de corpo magro. Não sabia o que dizer. E num movimento involuntário, arrancou a coleira de Bob e estendeu a mão para entregá-la ao guri.
— Não posso dar meu amigo, mas...quem sabe um dia você não encontra um que seja seu.
O menino agarrou a coleira como se fosse um pedaço daquela lembrança feliz que agora entrava no carro, como se o objeto pudesse aliviar parte de dor que sentia na despedida.
 Através da janela, Daniel observou a imagem do menino ficar cada vez menor. Queria poder curtir com mais felicidade a volta de Bob, mas algo dentro dele estava dolorido e nada podia curar isso.

Anos se passaram. Daniel andava apressado com uma caixa na mão quando subitamente parou perto de um campo de futebol, onde um “bando” de rapazes jogavam bola. Havia ali um lindo cachorro, peludo e alegre como seu falecido Bob fora um dia. Aproximou-se devagar e em seu pescoço estava a coleira, que logo ele reconheceu. Aquela que um dia fora de seu melhor amigo. Largou a caixa no chão e passando as mãos sobre o pelo dourado do animal, tentou não emocionar-se, lembrando-se do passado.
— Gostou do meu cachorro?
Daniel levantou-se num sobressalto ao se deparar com um jovem de porte atlético.
— Lindo. Tive um assim.
— Pois é. Esse cachorro mudou minha vida. Quando era pequeno não podia ter um desses, então movido pelo meu sonho, fui trabalhar num canil. Lá cresci, comecei a estudar e hoje sou veterinário. Flick foi presente de uma criadora famosa da raça. — O rapaz fazia carinho na cabeça do animal.
Daniel, emocionado com a historia resolveu ir embora antes que deixasse suas lágrimas escaparem e, em silêncio, agradeceu a atenção, indo de encontro ao carro.
— Só esqueci de contar que mais importante que o cachorro, foi a coleira.  continuou o rapaz.
Daniel parou e virou-se, a fim de escutar o resto da história, mesmo que agora as lágrimas corressem pelo seu rosto.
— Um menino...foi ele quem me deu a coleira. Graças a ela, eu quis tanto o cachorro. Nunca tive a oportunidade de agradecer.
Daniel sorriu. Trocaram agradecimentos em silêncio, meio que por telepatia, algo que só eles entendiam, mais ninguém.

Chegando em casa, um menino veio correndo de encontro ao carro de braços abertos.
— Papai... mamãe disse que você trouxe um presente pra mim!
Daniel pega seu filho no colo e abrindo o porta malas, tira a caixa e a coloca no chão. Quando abre, sai de dentro um cachorrinho, latindo feliz pela conquista da nova família.
O menino grita de felicidade e pega o cãozinho no colo.
— Papai, qual o nome dele?
— Não sei...que tal Billy?
Daniel sabia que agora sua família estava completa. Um dia chegaria a hora dele ir para o céu também e tinha certeza que Deus o estaria esperando ao lado de seu pai e sua mãe...mas sem o Bob, ah...não seria o paraíso, porque lá é onde estão os verdadeiros amigos.

Eliane Raye

sábado, 9 de julho de 2011

Educação


Quantas vezes desviamos nosso percurso em nome de um grande amor, mesmo que esse amor se transforme em lágrimas ou em um futuro duvidoso?

Quanto terminei a faculdade, fiz vários testes para cursar a pós-graduação em Boston nos EUA. Passei em todos, mas devido a uma paixão repentina, larguei os meus sonhos e apostei... errado ( quem dera essa tivesse sido a última vez).

Sobre o tema trata o filme “educação” ou “An Education” de Lone Scherfig. Conta a história de uma jovem de 16 anos (Jenny) que se apaixona por um homem mais velho e experiente (David) que procura mostra-lhe o mundo e todas as suas sedutoras facetas. Ambientado na charmosa Inglaterra dos anos 60, época na qual o casamento e a faculdade batalhavam por um espaço nos planos de muitas garotas, o filme traz muitas mensagens atuais a respeito das escolhas que fazemos. É lindo, mas excepcional mesmo é a trilha sonora. Para quem gosta de músicas francesas cantadas por Juliette Grèco e não perde qualquer coisa cantada por Etta James, vale a pena curtir a trama só para escutar a divas soltarem a voz, claro que ao lado do ser amado e de preferência, debaixo do cobertor.

Pena que não posso falar mais do filme, porque senão perde a graça, mas tem cenas fantásticas da cidade de Paris, que só de imaginar, dá vontade de comprar um pacote, dividir em 1200 vezes, e viajar de mãozinha dada com meu bonitão. Mas enquanto não vou, sigo escrevendo sobre películas fantásticas que também me remetem à Cidade Luz, mesmo que só no imaginário.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Amigos




"Um homem, seu cavalo e seu cão caminhavam por uma estrada quando de repente o homem se deu conta de que ele, o seu cavalo e seu cão haviam morrido!
E assim, mortos, continuaram sua caminhada morro acima, sob um sol inclemente que, misteriosamente os castigava tanto como quando eram vivos! Logo os três estavam exaustos e necessitando urgentemente de água para aplacar a sede intensa que os acometia. Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia à uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina. O caminhante dirigiu-se a um homem que numa guarita guardava a entrada. 



- Bom dia - ele disse. 


- Bom dia - respondeu o homem. 

- Que lugar é este, tão lindo? - ele perguntou. 

- Isto aqui é o céu.

- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede - disse o homem. 

- O senhor pode entrar e beber água a vontade - disse o guarda, indicando-lhe a fonte. 

- Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede. - Lamento muito - disse o guarda. - Aqui não se permite a entrada de animais. 

O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele resolveu que não deixaria seus amigos animais, que o acompanhavam ha tanto tempo permanecerem sedentos enquanto ele se saciava. 
Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem, a sede e o cansaço agora multiplicados, eles chegaram a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta. A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra. À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado cabeça coberta com um chapéu. 


- Bom dia - disse o caminhante. 

- Bom dia - disse o homem. 

- Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cão. 

- Há uma fonte naquelas pedras - disse o homem indicando o lugar. - Podem beber a vontade. 

O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede. 

- Muito obrigado - ele disse após saciar a sede 

- Voltem quando quiserem. 

- À propósito - disse o caminhante - qual e o nome deste lugar? 

- Céu - respondeu o homem. 

- Céu? Mas lá atrás um homem numa guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu! 

- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno. 

O caminhante ficou perplexo. 

- Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes danos e confusões. 

- De forma alguma - respondeu o homem. - Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que, na sua caminhada, por um gole de água são capazes de abandonar seus melhores amigos."


Autor desconhecido

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dias felizes...


Foram dias corridos, mas incríveis! O encontro "Nós, autores" foi sensacional, com a participação carinhosa de várias pessoas. Acabei conhecendo alguns "rostinhos" lindos do twitter e do facebook e a cada dia me encanto mais com a proximidade dos leitores com o advento da internet. Nos sentimos como amigos, uma sensação deliciosa. A Saraiva MegaStore me recebeu de braços abertos e saí de lá exausta, porém muito feliz.


Na segunda-feira foi o dia da Dora... É... Aquela tartaruguinha fofa que aprende a fazer amigos na nova escola! O carinho também foi enorme! Recebida pelos amigos na Livraria Travessa, ao lado da escritora Ana Cristina Melo os momentos foram de um bom bate-papo, um gostoso coquetel e muitos autógrafos. Mais uma vez, dormi feliz!



Por último, e não menos importante, fechei a agenda da semana com uma palestra maravilhosa sobre criatividade, ministrada para o CAM ( Centro de Atualização da Mulher) no colégio Notre Dame em Ipanema. Para a ocasião, fui convidada por Ana Maria Medrado, e me senti honrada em falar para um público tão feminino e carinhoso. 

Ufa! Quanta novidade legal! Espero que todas as pessoas que dividiram a vida comigo, em dias maravilhosos como esses, tenham levado um pouco de mim. Posso dizer, com veracidade, que os sorrisos, abraços e carinhos, ficarão para sempre guardados em um lugar muito especial no meu coração.

Beijinhos

Eliane Raye

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma Turma para Dora


Hoje, dia 04 de julho, estarei na livraria Travessa do Shopping Leblon, autografando o livro "Uma Turma para Dora". Ilustrei o livro, escrito com maestria pela autora Ana Cristina Melo, que conta a história de uma tartaruga muito simpática e fofa que acaba trocando de escola quando a família muda de cidade.

Dora, a tartaruguinha, tem que aprender a se relacionar com novos amigos e a perceber que as diferenças podem ser respeitadas se houver amor e compreensão.
O livro é indicado para o público infantil, mas a temática atinge a todos nós que vivemos em um mundo repleto de desigualdades.
Dora ensina com carinho que ser diferente, é apenas uma questão de jeito!

Vejo vocês lá!

Lançamento dos livros "Uma Turma para Dora" e "De Volta à Caixa de Desejos"
Dia 04 de Julho de 2011
Livraria Travessa
Shopping Leblon
Rio de Janeiro
às 19:00 hs

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