segunda-feira, 12 de julho de 2010

Simples assim?


Se o seu corpo é completamente independente de outro para viver, porque o contato físico com a pessoa que amamos é tão imprescindível na vida de todos nós?

Quem nunca sentiu aquela dor no peito, falta de ar, boca seca com a ausência do ser amado? Aquele tremor quase incontrolável, aquele batimento que ensurdece qualquer respiração ofegante...Isso é paixão!

 
Andar nas nuvens, sonhar acordado, sorrir para as paredes... Ah, que sensação maravilhosa é o amor, cheio de mistérios, todos eles conhecidos e estudados por tantos anos sem respostas claras.

 
Se a paixão é uma reação exclusivamente psicológica, porque sentimos fisicamente sua presença? Existe algum tipo de reação química nesse tumultuado sentimento?

 
Esta semana, olhando a grade de programação da Sky, me deparei com o documentário: "A Química do Amor" , exibido no National Geographic Channel. A resposta para todas as minhas perguntas foi a de que EXISTE SIM uma reação química na paixão. Uma troca de substâncias à distância entre as pessoas que se apaixonam. 

Alguns pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros da pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados Feromônios.
Os defensores da Teoria dos Feromônios vão ainda mais longe: dizem que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias, pois produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais prolongada, nos dizemos "apaixonados". A ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Feromônios.

 
Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela descobriu que o sentimento possui um "tempo de vida" e que os homens, por incrível que pareça, se apaixonam mais facilmente do que as mulheres.

 
Achei o programa de uma clareza fantástica e, apesar de sentir um certo alívio nas minhas perguntas, nada me tira da cabeça que o amor é muito mais do que isso.

 
Não existe química em palavras bonitas, num gesto cavalheiro ou numa caixa de bombons. Não existe nada químico na troca de olhares, em se encontrar no fundo da alma do outro, na música que soa dentro da cabeça, na anestesia dos pés que andam por sobre as nuvens e nem na beleza do mistério que envolve dois corpos apaixonados.

 
Apesar de acreditar em toda a ciência, não posso aceitar que tomando uma pílula de Feromônio eu seja capaz de esquecer as dores do meu coração.

Ah...Seria muito triste se o amor fosse tão simples assim.


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